Por: Carolina Maria Roma Reis, Daniela Duailibe Ferreira e Milena Sarney Costa Maciel
Existem muitas pesquisas que mostram que há uma relação entre qualidade de vida e relacionamento amoroso. Para entender tal relação, é necessário conhecer o conceito de qualidade de vida.
A Análise do Comportamento conceitua a qualidade de vida de forma objetiva. Beckert (2000 apud Brandão, 2002) afirma que quando pensamos em qualidade de vida, duas coisas devem ser evitadas: definições subjetivas e generalizações.
Segundo este autor, não ajudaria definir conceituar qualidade de vida como “estado de bem-estar” ou “bom êxito”, “sucesso” ou “estado subjetivo de elação”, na medida em que definições desse tipo não dizem muita coisa e acabam dificultando uma maior compreensão sobre o assunto.
As generalizações, por sua vez, também devem ser evitadas, pois o que é considerado como qualidade de vida pode ser extremamente variável de pessoa para pessoa. De acordo com o mesmo autor, deve-se considerar três aspectos na busca de uma definição válida de qualidade de vida:
A Análise do Comportamento conceitua a qualidade de vida de forma objetiva. Beckert (2000 apud Brandão, 2002) afirma que quando pensamos em qualidade de vida, duas coisas devem ser evitadas: definições subjetivas e generalizações.
Segundo este autor, não ajudaria definir conceituar qualidade de vida como “estado de bem-estar” ou “bom êxito”, “sucesso” ou “estado subjetivo de elação”, na medida em que definições desse tipo não dizem muita coisa e acabam dificultando uma maior compreensão sobre o assunto.
As generalizações, por sua vez, também devem ser evitadas, pois o que é considerado como qualidade de vida pode ser extremamente variável de pessoa para pessoa. De acordo com o mesmo autor, deve-se considerar três aspectos na busca de uma definição válida de qualidade de vida:
*Contexto de vida atual.
Nossa experiência de vida faz com que algumas coisas percam o seu valor, enquanto outras se tornam cada vez mais desejadas. Brandão (2002) afirma que para compreender o significado de alguma coisa devemos entender primeiro o contexto no qual ela está inserida. Fora de seu contexto perderá o significado. Em geral, o que era mais desejado no passado não é o mais buscado hoje, porque o contexto mudou.
Idiossincrasias, ou seja, características pessoais de cada um
A visão de mundo, regras, desejos, medos, historia de vida de cada um. Por exemplo: alguém nascido numa família muito pobre pode dar mais significado à promoção no trabalho do que aquele que veio de família abastada.
Simplicidade
Brandão (2002) afirma que viver uma vida com qualidade é diametralmente oposto sentir-se deprimido. Dessa forma, o autor propõe que a idéia de qualidade de vida esteja em oposição à da depressão, de modo que buscando-se uma, estaremos prevenindo a ocorrência da outra.
- Depressão: aspectos gerais
O termo depressão recebeu variadas conotações ao longo da história da Psicopatologia, diversas do significado usual que o termo recebe hoje, no ambiente clínico e fora dele (Pessotti, 2001).
Segundo Hunziker (1997 apud Gilman, 1983), na literatura médica, a depressão é um termo técnico que designa a “síndrome de desordem afetiva” ou “síndrome do humor deprimido”, sendo diagnosticada a partir de alguns sintomas, tais como: tristeza intensa, passividade, perda de interesse e prazer nas atividades cotidianas, autodepreciação, preocupação pessimista, insônia, redução do apetite ou peso, perda do interesse sexual, apatia ou agitação psicomotora, dificuldade de concentração, pensamento suicida, diminuição da energia.
Segundo Demetrio (1997), a depressão é duas vezes maior em mulheres do que em homens, independentemente do país e da cultura. As razões são desconhecidas, mas há hipóteses que atribuem essas diferenças a fatores hormonais, efeitos do parto, estressores psicossociais diferentes para homens e mulheres e modelo de comportamento de desamparo aprendido.
A idade de inicio apresenta dois picos de incidência aos trinta e aos cinqüenta anos de vida; 50% de todos os pacientes têm início do transtorno entre vinte e cinqüenta anos. Entretanto, pesquisas recentes sugerem que a incidência de depressão é crescente em pessoas com menos de vinte anos, o que pode estar relacionado ao aumento no uso de álcool ou outras substancias neste grupo etário. A depressão freqüentemente ocorre em pessoas que não tem uma relação interpessoal mais próxima ou que são divorciadas ou separadas. (Demetrio, 1997).
- Análise Funcional da Depressão
Hunziker (1997 apud Ferster, 1973) analisa a depressão como uma redução na freqüência do comportamento adaptativo. Assim, a característica mais óbvia de uma pessoa deprimida estaria relacionada à perda de certos tipos de atividades, acompanhada do aumento de comportamentos de fuga/esquiva, como queixas, choros e irritabilidade. (...) “A redução na freqüência de tais atividades leva à diminuição da taxa de reforçamento e ao fortalecimento do repertório de fuga/esquiva que podemos chamar depressão (p.261). A baixa freqüência de respostas, característica da depressão, pode ser decorrente tanto da falta de reforçadores (suprimidos no ambiente), como pela insensibilidade do organismo aos reforçadores eventualmente disponíveis. Em qualquer um dos casos, contudo é o reforçamento (ou sua inexistência) o ponto central da análise. Portanto, de acordo com a visão dos analistas do comportamento, não são as características topográficas que definem o comportamento como depressivo, mas sim as suas relações funcionais. Skinner, (1996 apud Hunziker, 1997) explica que para se fazer a análise funcional da depressão, deve-se considerar que a genética, a história de vida e as contingências atuais estão presentes na determinação do indivíduo deprimido, da mesma forma como estão na determinação de qualquer comportamento. Entretanto, a determinação genética é considerada, nessa análise, apenas como responsável pela estrutura básica do organismo: sendo o comportamento a interação do organismo com o ambiente, ele automaticamente reflete a herança genética selecionada ao longo da evolução da espécie.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDÃO, Maria. Z. S. et al. Comportamento Humano – Tudo (ou quase tudo) que você precisa saber para viver melhor.1 ed. Santo André, SP: ESETec Editores Assosciados, 2002.
DEMÉTRIO, F. N. (1997). Depressão: bases anátomo-fisiológicas. Em ZAMIGNANI, D. R. (Org.). (1997). Sobre comportamento e cognição: Vol. 3. A aplicação da análise do comportamento e da terapia cognitivo-comportamental no hospital geral e nos transtornos psiquiátricos. São Paulo: Arbytes
HUNZIKER, M. H. L. (1997). O desamparo aprendido e a análise funcional da depressão. Em ZAMIGNANI, D. R. (Org.). (1997). Sobre comportamento e cognição: Vol. 3. A aplicação da análise do comportamento e da terapia cognitivo-comportamental no hospital geral e nos transtornos psiquiátricos. São Paulo: Arbytes.
PESSOTTI, I. (2001) Guilhardi, H. J. Depressão: tradição e moda (2001). Em Madi, M. B. B. P., Queiroz, P. P., & Scoz, M. C. (Orgs.). (2001). Sobre comportamento e cognição: Vol. 7. Expondo a variabilidade. Santo André: Esetec.
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